Caio Fernando Abreu
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Meu
Deus, não sou muito forte, não tenho muito além de uma certa fé - não sei se em
mim, se numa coisa que chamaria de justiça-cósmica ou
a-coerência-final-de-todas-as-coisas. Preciso agora da tua mão sobre a minha
cabeça. Que eu não perca a capacidade de amar, de ver, de sentir. (…) Que eu
não me perca, que eu não me fira, que não me firam, que eu não fira ninguém.
Livra-me dos poços e dos becos de mim, Senhor. (…) Sinto uma dor enorme de não
ser dois e não poder assim um ter partido, outro ter ficado com todas aquelas
pessoas.
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